08/01/09

Distúrbios Alimentares

Os distúrbios alimentares são doenças psicológicas que se devem a factores psicológicos, familiares e socioculturais. Caracterizam-se, fundamentalmente por alterações significativas do comportamento alimentar. Ocorrem, na maioria das vezes, nos países desenvolvidos e afectam sobretudo adolescentes do sexo feminino.

Uma dieta não é o suficiente para dar origem a um distúrbio alimentar, mas é importante, dado que não existem distúrbios alimentares sem dietas.

  • Bulimia

A bulimia é uma doença caracterizada pela ingestão abusiva de alimentos, seguidos de comportamentos como: provocação de vómito, uso abusivo de medicações, jejum prolongado ou exercício físico excessivo. É uma doença mais frequente em raparigas, especialmente em jovens. As pessoas com bulimia ingerem uma quantidade anormal de alimentos e para compensarem as calorias que comeram provocam o vómito. Este método permite um alívio do desconforto físico e a diminuição do medo de engordar. Em determinados casos, o vómito torna-se um objectivo, a pessoa ingere uma enorme quantidade de alimentos, para depois vomitar, ou vomita mesmo após a uma pequena ingestão.

Bulimia

 

As pessoas com bulimia são pessoas que geralmente têm vergonha da forma do seu corpo e do seu peso. Normalmente, a ingestão dos alimentos ocorre em segredo, ou sem dar muito nas vistas. A bulimia aparece frequentemente como manifestação secundária da anorexia.

  • Anorexia

A anorexia é uma perturbação do comportamento alimentar. É constituída por uma excessiva perda de peso e aparece predominantemente em indivíduos do sexo feminino, sobretudo em adolescentes e jovens. O diagnóstico é fundamentalmente constituído por uma acentuada perda de peso, na idade da adolescência, ausência de pelo menos três ciclos menstruais, vómitos frequentes e ausência de doenças físicas e psicológicas, capazes de explicar o emagrecimento.

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O medo de engordar faz com que os doentes tenham um comportamento destinado a perder peso, reduzindo drasticamente a quantidade de alimentos ingeridos. Os doentes com anorexia não têm falta de apetite, muitas vezes até sentem fome, mas recusam-se a comer, devido ao medo de engordar.

Alguns doentes recorrem ainda ao exercício físico intenso, aos vómitos provocados e ao uso de medicação não receitada. Os doentes anoréxicos mudam a sua imagem corporal porque se consideram mais gordos do que aquilo que são, mesmo estando muito magros.

Algumas consequências da anorexia são: queda de cabelo, hipotensão, hipotermia e prisão de ventre acentuada.

Do ponto de vista psicológico os doentes apresentam uma personalidade obsessiva e depressiva. Uma decepção sentimental ou problemas familiares podem estar na origem da anorexia.

O tratamento da anorexia é essencialmente psicoterapêutico e o internamento hospitalar e só se justifica quando o estado da doença ameaça a vida, quando não é possível obter ajuda da família ou quando o doente não apresenta progressos nas consultas. O tratamento psicoterapêutico só pode ter continuação se o peso da paciente aumentar, saindo da zona de limites de perigo.

  • Obesidade

A obesidade é um dos mais importantes problemas nutricionais de muitos países desenvolvidos.

Um indivíduo que tenha uma excessiva acumulação de gorduras no corpo e que pese mais 20% do que o seu peso normal é considerado obeso.

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A obesidade tem como consequências doenças cardiovasculares, diabetes e disfunções do aparelho respiratório, diminuindo também a esperança de vida. A obesidade tanto atinge os adultos, mulheres e homens, como também as crianças. Pode resultar de um aumento do tamanho das células adiposas ou de um aumento do número dessas mesmas células, ou ainda da combinação de ambos os factores. O número de células adiposas do corpo do adulto é determinado pela quantidade de gordura armazenada durante a infância e a adolescência.

Crianças sobrealimentadas podem desenvolver três vezes mais células do que uma que tenha uma dieta calórica e equilibrada. Por esta razão é tão importante a orientação e a educação alimentares nas crianças e jovens. Quando um obeso inicia uma dieta, a gordura é utilizada e as células adiposas diminuem de tamanho, mas não são destruídas. Quando o indivíduo volta a comer em quantidade, as células adiposas enchem-se com nova gordura. Pessoas que engordem durante a meia idade ou quando idosas não formam novas células, acumulam mais gordura nas células existentes.

Quando uma pessoa obesa recusa a ingestão de alimentos altamente calóricos, o organismo tem tendência a fazer baixar a sua taxa metabólica, tornando-se mais eficiente na digestão e absorção dos alimentos num esforço para estabilizar o seu peso característico.